“Rápido e Devagar”: 20 lições valiosas que tirei desse livro

Hoje, eu tenho um tema incrível para vocês: o melhor livro de finanças comportamentais já escrito, “Rápido e Devagar”. Vou compartilhar com vocês 20 lições valiosas que tirei desse livro extraordinário. Vamos mergulhar no universo do nosso cérebro e como ele influencia nossas decisões financeiras. Preparados? Então, vamos lá!

As lições do livro “Rápido e Devagar”

Os dois sistemas do nosso cérebro: Sistema 1 e Sistema 2

Nosso cérebro funciona com base em dois sistemas distintos. O Sistema 1 opera de maneira rápida, instintiva e automática, mas é suscetível a vieses e equívocos, como a super confiança. Por outro lado, o Sistema 2 trabalha de forma lenta, analítica e cuidadosa, sendo necessário para resolver tarefas complicadas que demandam concentração. Esses sistemas atuam em conjunto, mas nem sempre de maneira eficiente, o que pode resultar em escolhas irracionais.

A irracionalidade humana

É importante entender que nós, seres humanos, não somos criaturas racionais. Estamos sujeitos a cometer diversos erros irracionais. Um exemplo disso são as estatísticas que mostram que 90% dos americanos acreditam dirigir melhor do que a média, e 70% pensam ser mais inteligentes do que a média. Esses números demonstram como a super confiança e outros vieses cognitivos podem distorcer nosso julgamento.

Rápido e Devagar

Teoria do Prospecto

O autor do livro “Rápido e Devagar”, acredita que a teoria do prospecto sugere que as pessoas sentem as perdas de maneira mais intensa do que os ganhos – aproximadamente duas vezes mais. Muitos indivíduos relutam em participar de um jogo de cara ou coroa em que podem ganhar R$100, mas correm o risco de perder R$50. No entanto, essa é uma aposta que deveríamos aceitar diariamente, pois, a longo prazo, ela é vantajosa.

Efeito Halo

O efeito halo é um viés cognitivo que faz com que nossa impressão geral de uma pessoa influencie nossa percepção de suas características individuais. Caso simpatizemos com alguém, é provável que superestimemos suas capacidades e vice-versa.

Heurística da disponibilidade

Segundo, Daniel Kahneman , no livro “Rápido e Devagar” a heurística da disponibilidade é um viés cognitivo em que avaliamos a probabilidade de um evento com base na facilidade com que ele nos vem à mente. Um exemplo notório é o medo de voar gerado pelos atentados de 11 de setembro, mesmo que, estatisticamente, viajar de avião seja mais seguro do que dirigir.

Falácia do custo irrecuperável

A falácia do custo irrecuperável ocorre quando insistimos em investir em algo mesmo que não valha a pena, simplesmente porque já investimos recursos nisso. Um exemplo corriqueiro é decidir terminar um filme entediante apenas porque já pagamos pelo ingresso.

Viés de confirmação

As pessoas têm a tendência de procurar informações que confirmem suas crenças pré-existentes e ignorar aquelas que as contrariam. Para um investidor, é fundamental conversar com pessoas que tenham pontos de vista divergentes. Isso pode ser extremamente esclarecedor.

Viés da retrospectiva

Esse viés consiste na inclinação de, após um evento ocorrido, acreditar que já se esperava ou previa o resultado. Um exemplo clássico é afirmar que se sabia que o time vencedor de uma partida de futebol ganharia antes mesmo do jogo começar.

Efeito de enquadramento

O efeito de enquadramento ocorre quando a forma como as informações são apresentadas afeta nossas decisões e percepções. Por exemplo, estudos indicam que as pessoas geralmente preferem carne com 75% de teor magro em vez de carne com 25% de gordura, mesmo que se trate do mesmo produto.

Efeito ancoragem

O efeito ancoragem é um viés que nos leva a confiar excessivamente na primeira informação que recebemos ao tomar uma decisão. Se, por exemplo, vemos um carro que custa R$100 mil e, em seguida, um segundo carro que custa R$70 mil, tendemos a considerar o segundo carro como uma opção barata.

Regra dos 10 segundos

Uma das maneiras de reduzir os efeitos dos vieses cognitivos e tomar decisões mais racionais é usar a regra dos 10 segundos. Antes de tomar uma decisão importante, respire fundo e conte até 10. Isso permite que o Sistema 2 entre em ação e possa analisar a situação com mais cuidado.

Otimismo irracional

O otimismo irracional ocorre quando superestimamos nossas chances de sucesso em uma determinada situação. Esse viés cognitivo pode levar a decisões financeiras imprudentes e a investimentos arriscados. É fundamental encontrar um equilíbrio entre o otimismo e o realismo ao tomar decisões financeiras.

Efeito de recompensa imediata

O efeito de recompensa imediata é um viés cognitivo que nos faz preferir recompensas imediatas em detrimento de recompensas futuras maiores. Por exemplo, podemos gastar dinheiro que poderia ser investido a longo prazo para obter satisfação instantânea. Para combater esse efeito, é importante desenvolver o autocontrole e estabelecer metas financeiras de longo prazo.

Viés de autoridade

O viés de autoridade nos leva a dar mais peso às opiniões de especialistas ou figuras de autoridade, mesmo que suas opiniões possam estar incorretas. É importante lembrar que especialistas também podem estar sujeitos a vieses e erros. Portanto, ao tomar decisões financeiras, sempre questione as informações que recebe e busque outras fontes de conhecimento.

Efeito Dunning-Kruger

Segundo autor do livro “Rápido e devagar”, o efeito Dunning-Kruger é um viés cognitivo que leva pessoas com pouco conhecimento em determinado assunto a superestimar suas habilidades, enquanto aqueles com maior conhecimento tendem a subestimar suas capacidades. É essencial estar ciente desse viés ao tomar decisões financeiras e buscar sempre aprender mais sobre o tema, reconhecendo nossas limitações e aprimorando nossas habilidades.

Ilusão de controle

A ilusão de controle é a tendência de acreditar que temos controle sobre eventos que, na verdade, estão além de nosso alcance. No mundo das finanças, isso pode levar a investimentos arriscados baseados na crença de que somos capazes de prever ou influenciar resultados. Para evitar esse viés, é importante aceitar que nem tudo está sob nosso controle e diversificar nossos investimentos para minimizar riscos.

Efeito manada

O efeito manada ocorre quando seguimos o comportamento de outras pessoas, mesmo que isso vá contra nosso próprio julgamento ou interesse. No contexto financeiro, isso pode resultar em decisões de investimento baseadas no que “todo mundo está fazendo” em vez de uma análise cuidadosa das oportunidades. Para resistir a esse viés, é importante fazer sua própria pesquisa e tomar decisões baseadas em informações sólidas e objetivas.

Viés de atribuição

O viés de atribuição é a tendência de atribuir nossos sucessos a nossas próprias habilidades e nossos fracassos a fatores externos. No campo das finanças, isso pode nos impedir de aprender com nossos erros e melhorar nossas estratégias de investimento. É crucial reconhecer que, às vezes, o sucesso pode ser resultado de fatores externos, enquanto o fracasso pode ser consequência de nossas próprias ações.

Viés de sobrevivência

O viés de sobrevivência refere-se à tendência de nos concentrarmos nos vencedores e ignorarmos os perdedores em uma determinada situação. No mundo das finanças, isso pode levar a uma visão distorcida do sucesso e a decisões de investimento baseadas em exemplos incompletos. Para combater esse viés, é importante considerar todas as informações relevantes e analisar o cenário completo antes de tomar decisões.

Efeito do falso consenso

O efeito do falso consenso é a tendência de acreditar que nossas opiniões, crenças e valores são compartilhados pela maioria das pessoas. No contexto financeiro, isso pode levar a decisões de investimento inadequadas, acreditando que outros investidores compartilham de nossa visão de mercado. É fundamental manter a mente aberta e considerar diferentes perspectivas ao tomar decisões financeiras.

Conclusão das liçoes de “Rápido e Devagar”

Essas foram 20 lições valiosas que aprendi no livro ” Rápido e Devagar”. Ao compreendermos como nosso cérebro funciona e como os vieses cognitivos podem afetar nossas decisões financeiras, temos a chance de tomar decisões mais informadas e racionais. Lembre-se de que ninguém está imune a esses vieses, mas o autoconhecimento e a educação financeira são nossas melhores ferramentas para superá-los.

Então, da próxima vez que você se deparar com uma decisão financeira, faça uma pausa e reflita: quais vieses cognitivos podem influenciar seu julgamento? Com essa conscientização, você estará mais preparado para tomar decisões financeiras sólidas e bem fundamentadas.

Espero que vocês tenham gostado dessas dicas e lições. 

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